À medida que o mercado de criptomoedas tenta se reerguer das recentes quedas, as chamadas baleias de Bitcoin, que são carteiras digitais que possuem entre 1.000 e 10.000 Bitcoins (BTC), têm aproveitado os preços baixos para aumentar suas participações.
Nas últimas 11 semanas, esses detentores acumularam 131.600 BTC, atualmente avaliados em mais de US$ 3,5 bilhões, conforme dados divulgados pela Santiment, uma plataforma de análise de blockchain e criptomoedas. Em reais, isso equivale a mais de R$ 16,7 bilhões.
Isso mostra que as baleias seguem firme em sua estratégia de hold (acumular BTC). Além disso, mostra que esses investidores também estão dispostos a comprar nas quedas, impedindo que o Bitcoin permaneça abaixo do suporte de US$ 25 mil.
Esse acúmulo massivo de BTC trouxe os níveis de oferta de acumulação coletiva dessas baleias para o seu pico de sete semanas, indo de aproximadamente 4,51 milhões de BTC no início de abril para quase 4,65 milhões de BTC agora.
Isso, curiosamente, ocorre enquanto o preço do Bitcoin permaneceu relativamente estático, sofrendo apenas uma queda rápida abaixo de US$ 24 mil que foi logo recuperada e que culminou no valor de US$ 28 mil atingido nesta terça-feira (20).
Grande parte dessa movimentação aconteceu somente na última semana. Detentores de 1.000 a 10.000 BTC adicionaram mais de 60.000 BTC às suas carteiras, num valor próximo a US$ 1,62 bilhão, conforme compartilhou o especialista em negociação de criptoativos, Ali Martinez, em um tuíte na terça.
Para ele, as baleias não estão dispostas a vender seus BTC e isso pode ter relação com o halving, quando a recompensa de mineração será cortada pela metade. Espera-se que o preço do BTC rompa com a marca de US$ 100 mil e estabeleça um novo fundo em US$ 40 mil.
O analista conhecido como @Mihai_Iacob, ja vinha apontando uma alta de curto prazo no Bitcoin. Segundo ele, o Bitcoin demonstrou notável resiliência ao manter efetivamente sua posição, observando que ele havia “se mantido muito bem” em meio à incerteza generalizada do mercado, com a briga da SEC e as empresas de criptomoedas e isso sinalizava uma alta, o que de fato ocorreu.
Cassio Gusson
