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Halving do bitcoin será a oportunidade da década?

Publicado em 09/02/2023 às 08:03

O bitcoin começou o ano tendo o melhor desempenho entre os ativos segundo o Goldman Sachs. Superou o S&P 500, ouro, imóveis e até o Nasdaq 100. Depois de um 2022 obscuro, com falências de corretoras, de projetos em geral e desvalorizações recordes, o título não é nada mal para iniciar a temporada.

Mas o melhor está por vir. Estamos caminhando para um halving, que corta a produção de bitcoin pela metade. Esse movimento altera a distribuição de novas moedas no mercado e pode alavancar o preço. Quem sabe não chegaremos finalmente aos US$ 100 mil por unidade no próximo ano? O processo deve acontecer entre março e junho de 2024.

Quem quer aproveitar o evento deve começar a se preparar agora. O momento é favorável para acumular moedas.

Mas, primeiro, vamos entender o que é o processo do halving, como funciona e por que ele é capaz de gerar uma valorização preço do ativo.

O mecanismo do halving

Quando criou o bitcoin, Satoshi Nakamoto escreveu uma espécie de manual, o whitepaper, contendo diretrizes para o ativo, entre elas a determinação de um limite máximo de emissão de 21 milhões de unidades.

Inicialmente, seriam geradas 7.200 unidades por dia e o intervalo de cada bloco produzido seria de 10 minutos.

Outra condição presente no whitepaper do projeto era a redução à metade da remuneração por bloco minerado de quatro em quatro anos, até chegar a zero, o que está previsto para acontecer em 2140.

Esse processo é chamado de halving, que em inglês quer dizer “reduzir à metade”. A intenção é garantir que o algoritmo controle a inflação do ativo.

No sistema tradicional, a emissão desenfreada de moedas fiduciárias pelos governos compromete a saúde financeira dos países.

Por diminuir a taxa de emissão, o halving gera uma escassez da moeda. Enquanto isso, vemos a demanda pela cripto crescer significativamente. Com apoio no fundamento básico de oferta e demanda, a tendência é que o preço aponte na direção ascendente.

Histórico dos halvings

Já testemunhamos três halvings na linha do tempo do bitcoin, contados a partir do fim de 2008, quando foi lançado o whitepaper.

O primeiro, em 28 de novembro de 2012, fez com que a produção de novas moedas saísse de 7.200 para 3.600 unidades por dia. Na sequência, veio o halving de 9 de julho de 2016, cortando a emissão para 1.800 unidades diárias.

O último halving aconteceu em 11 de maio de 2020. A emissão foi reduzida para 6,25 bitcoins por novo bloco minerado, o equivalente a 900 moedas por dia. A partir de 2024, serão só 3,15 bitcoins diariamente.

O ativo passará por 33 halvings até serem mineradas suas 21 milhões de unidades, o que deve acontecer em 2140. Hoje, já estão em circulação mais de 19 milhões de bitcoins (mais de 90% do total).

Inflação do bitcoin

O bitcoin é um instrumento monetário automatizado e imutável, sendo possível prever sua taxa inflacionária. Hoje, o mundo inteiro se vê assolado pela inflação e os governos não conseguem controlá-la eficientemente, o que corrói o poder aquisitivo da população de forma absurda.

A inflação do bitcoin hoje gira em torno de 1,7% e, com o halving, seguirá trajetória descendente até ser zerada. Atualmente, está próxima da taxa de inflação do ouro (1,6%), ativo que funciona como reserva de valor.

Impacto do halving na mineração

Os mineradores são os mais atingidos com o procedimento, já que a recompensa por bloco cai à metade. Para atuar na mineração do bitcoin, são necessários investimentos em máquinas muito potentes e que consomem uma quantidade significativa de energia. Por isso, com o corte na recompensa, muitos mineradores, especialmente os de menor porte, decidem encerrar as suas atividades.

Os mineradores são os responsáveis por garantir a segurança da rede. Quanto mais máquinas participarem, mais seguro o ambiente. Com o halving, existe o risco de a diminuição do poder computacional total comprometer a segurança e a escalabilidade do blockchain.

No entanto, de forma prática, não acredito que isso terá muito impacto. A dificuldade de mineração atual está em seus níveis mais elevados de todos os tempos. Isso significa que nunca houve tanta concorrência entre os mineradores.

Com uma possível redução do número de mineradores pós-halving, a dificuldade da rede será recalibrada. Desta forma, máquinas menos sofisticadas, que não tinham porte suficiente para competir anteriormente, voltam a ter uma oportunidade de lucrar com o processo.

Uma outra consequência possível do evento é a realização de lucros pelos mineradores, na tentativa de reduzir suas perdas. Assim, existe a possibilidade de muitas unidades do ativo serem despejadas no mercado, derrubando o preço.

Muda alguma coisa para os usuários?

O halving é parte integrante do calendário do bitcoin. O processo foi programado desde a gênese do projeto para ocorrer de forma automática em períodos determinados. Sem surpresas.

O processo não impacta em nada a vida dos usuários e não resulta em nenhum tipo de perda, fiquem tranquilos. O que pode acontecer é o preço subir e isso não é um problema, é uma solução.

As criptomoedas que já estão em circulação também não são afetadas. Na data do halving, as negociações continuam sendo feitas normalmente.

O que pode acontecer de diferente é uma pressão de venda incomum, desencadeada com o despejo de moedas no mercado pelos mineradores, como falamos acima. O impacto, porém, costuma ser passageiro e a situação se normaliza rapidamente.

Bitcoin vs. moedas fiduciárias

O halving é um mecanismo que gera escassez de moeda no mercado, algo que o sistema monetário tradicional desconhece. Vemos constantemente os governos imprimindo dinheiro para cobrir rombos. Nos últimos cinco anos, o dólar, por exemplo, perdeu 97,5% do seu valor contra o ativo criado por Satoshi.

Todas as características do bitcoin o colocam em vantagem diante das moedas fiduciárias. As principais são:

  • Descentralização - O bitcoin roda no blockchain e não em sistemas centralizados, ninguém pode controlar ou proibir a circulação do ativo, diferentemente das moedas fiat.
  • Independência - A moeda não é influenciada por políticas cambiais e nem monetárias dos países.
  • Escassez programada - A emissão está limitada a 21 milhões de unidades, o que trará cada vez mais estabilidade ao ativo no longo prazo.
  • Segurança e privacidade - O bitcoin funciona com o apoio de uma rede distribuída globalmente, descentralizada, portanto muito resistente e resiliente a ataques. As transações são criptografadas e registradas em blockchain, melhorando a proteção, a segurança e a privacidade.

Bitcoin e suas vantagens competitivas para os países

Muitos países temem a descentralização e a independência do bitcoin, porque ele foge ao controle dos governos. Assim, vemos a criptomoeda ser constantemente vilanizada como instrumento de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, etc..

Felizmente, alguns países já conseguiram enxergar a vantagem da criptomoeda em relação às moedas fiduciárias, como El Salvador, o caso mais famoso mundialmente, pioneiro em adotar o bitcoin como moeda de curso legal.

E quais seriam essas vantagens?

  • Impostos - A tributação do bitcoin vira uma fonte importante de arrecadação para os governos.
  • Inclusão financeira - Pessoas deixadas à margem pelos bancos tradicionais ganham a oportunidade de participar do sistema financeiro com o bitcoin, que também favorece a inclusão de moradores de locais remotos, sem infraestrutura bancária.
  • Reserva Internacional - A criptomoeda pode ser usada como ativo de diversificação para as reservas dos países. Assim, eles podem se beneficiar da alta da cripto contra uma eventual quebra das moedas fiduciárias, evitando colapsos.
  • Inovação tecnológica - O mecanismo de funcionamento do bitcoin revolucionou o sistema monetário e financeiro como o conhecemos, mostrando ao mundo que existe alternativa mais eficiente ao que é empregado hoje em dia.

Então, já começou a acumular para o próximo halving?

Fonte: https://www.universidadedobitcoin.com.br

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