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Polêmico chefão de empresa cripto que faliu pede demissão: “Me tornei uma distração”

Publicado em 27/09/2022 às 15:43

Alex Mashinsky renunciou hoje dizendo lamentar ter se tornado "uma distração crescente" na empresa



Alex Mashinsky, o então CEO da falida empresa de empréstimos de criptomoedas Celsius Network, apresentou uma carta de renúncia ao Conselho de Administração da companhia nesta terça-feira (27), de acordo com um comunicado de um escritório de advocacia de Nova York.

“Eu decidi renunciar ao meu cargo como CEO da Celsius Network hoje”, disse Mashinky em nota. “Ainda assim, continuarei a manter meu foco em trabalhar para ajudar a comunidade a se unir em um plano que proporcionará o melhor resultado para todos os credores – que é o que tenho feito desde que a empresa entrou com pedido de falência”.


Em sua carta oficial, Mashinsky disse que lamentava o quanto sua presença havia se tornado uma “distração” como CEO da empresa.

“Lamento que meu papel continuado como CEO tenha se tornado uma distração crescente e sinto muito pelas difíceis circunstâncias financeiras que os membros de nossa comunidade estão enfrentando”, acrescentou.


A culpa do CEO no fracasso da Celsius

Mashinsky foi supostamente responsável por uma série de negociações ruins no início de 2022 que precipitaram a queda da credora de criptomoedas.

Em junho deste ano, a Celsius bloqueou repentinamente todas os saques, trocas e transferências de clientes da sua plataforma após entrar em uma grave crise de liquidez.

A ação da Celsius causou um efeito cascata no mercado à medida que o temor dos investidores crescia e os levava a tirar suas criptomoedas mantidas em outras empresas do setor, resultando numa crise de liquidez que atingiu nomes como Three Arrows Capital, Babel Finance, Voyager, Finblox, entre outros.

Alex Mashinsky é visto como o responsável por ter feito a Celsius chegar na situação catastrófica que impactou de forma negativa todo mercado cripto.

Em meio a crise, as manobras suspeitas por trás das operações da empresa vieram à tona. Mashinsky, por exemplo, deu a um trader – sem vínculo empregatício com a empresa – o controle total sobre uma carteira que armazenava US$ 1 bilhão em criptomoedas de clientes, com a qual ele tinha a carta branca para “brincar” em yield farming de projetos de finanças descentralizadas (DeFi) e tentar fazer o dinheiro render mais.

O CEO da Celsius obteve controle pessoal da estratégia de negociação da empresa antes de seu colapso. Mashinsky supostamente reuniu sua equipe de investimentos em janeiro para informá-la que ele iria assumir pessoalmente o controle da estratégia de negociação da empresa.

Uma pessoa com a qual o CEO supostamente entrou em conflito sobre quais negociações a Celsius deveria fazer e o envolvimento pessoal de Mashinsky nessas decisões era o diretor de investimentos da empresa, Frank van Etten.

“Ele pedia que traders negociassem bastante as ordens com base em péssimas informações”, disse ele ao Financial Times. “Ele estava movimentando altas quantias de bitcoin.”

Nessas operações, a Celsius supostamente sofreu enormes prejuízos que não informou aos clientes — apesar das declarações públicas de Mashinsky de que a credora não negociou ativos de usuários.
 
 

Fonte: https://portaldobitcoin.uol.com.br

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