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Mercado Livre revela prejuízo de US$ 10 milhões no 2º trimestre depois de anunciar investimentos em Bitcoin

Publicado em 04/08/2022 às 16:11

Alocação de Bitcoin na tesouraria do Mercado Livre foi parte de uma estratégia de diversificação da carteira e não impediu o crescimento de 80% do lucro líquido da empresa líder em tecnologia para comércio eletrônico e serviços financeiros da América Latina no 2º trimestre.
 

O Mercado Livre (MELI34) revelou um prejuízo de aproximadamente US$ 10 milhões no segundo trimestre de 2022 por conta de investimentos em Bitcoin (BTC), informou reportagem da Reuters. A queda de 56% do preço do BTC entre abril e junho deste ano foi responsável pelas perdas, afirmou o vice-presidente sênior de estratégia do Mercado Livre, André Chaves.

Apesar do prejuízo com sua estratégia de diversificação baseada em Bitcoin, o Mercado Livre registrou um crescimento de 79,3% do lucro líquido em suas operações na América Latina no segundo trimestre deste ano. A receita líquida do grupo no período somou US$ 2,6 bilhões, um crescimento de 52,5%, e o lucro líquido somou US$ 123 milhões.

Os resultados da empresa no período revelam ainda a adição de 3,5 milhões de novos usuários, consolidando uma base de 84,3 milhões ao final de junho. A empresa fechou o trimestre com alta de 26% no volume de vendas, que somou US$ 8,6 bilhões. O volume de pagamentos processados aumentou 84% no período, chegando a US$ 30,2 bilhões.

Diversificação com Bitcoin

A maior plataforma de comércio eletrônico e serviços financeiros da América Latina comprou US$ 7,8 milhões em Bitcoin no primeiro trimestre de 2021. O investimento foi parte de uma estratégia de diversificação de sua tesouraria, conforme revelou trecho do relatório apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na ocasião:

"Como parte de nossa estratégia de tesouraria, neste trimestre compramos US$ 7,8 milhões ou R$ 40 milhões em Bitcoin, um ativo digital que incluímos em nossos ativos intangíveis de duração indefinida."

O mais recente balanço divulgado pela empresa registra prejuízo contábil de US$ 11 milhões em ativos digitais no primeiro trimestre deste ano. As perdas ocasionadas pela desvalorização do Bitcoin e o atual ciclo de baixa do mercado, no entanto, não alteram a estratégia da empresa de oferecer a compra e venda de criptomoedas através do Mercado Pago, aplicativo de pagamentos do Mercado Livre, afirmou Chaves:

"Estamos confortáveis com nossa estratégia com oferta de criptomoedas a clientes, mesmo no atual cenário."

O Mercado Pago incorporou os serviços de compra, venda e custódia de Bitcoin, Ethereum e da stablecoin Paxos Dólar (USDP) em novembro do ano passado, a partir do valor mínimo de R$ 1. As criptomoedas "têm um potencial de transformação pela frente e abrem um novo caminho para a empresa", afirmou o vice-presidente do Mercado Pago, Túlio Oliveira na época do lançamento.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, no começo deste ano, o Mercado Livre adquiriu uma participação no Grupo 2TM, holding controladora do MB, maior exchange de criptomoedas do Brasil, e também fez um investimento estratégico na Paxos, uma rede blockchain que fornece infraestrutura para negociação e custódia de ativos digitais para instituições financeiras, incluindo o próprio Mercado Pago e o Nubank.

CAIO JOBIM

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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