O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) publicou um comunicado na segunda-feira, 27 de junho, para informar que operadores de uma suposta pirâmide por meio da empresa Go Capital, estão proibidos de exercer atividades no mercado financeiro.
Segundo o MPSC esta decisão foi tomada para evitar novas atividades suspeitas de irregularidade, que possam afetar diversas pessoas no país.
As pessoas envolvidas no esquema da Go Capital, não podem exercer nenhuma atividade relacionada à captação de investidores, além de ser proibidas pela justiça de manter qualquer contato com testemunhas ouvidas na “Operação Criptomoeda”.
Cerca de 3.500 pessoas teriam sido lesadas em todo o país pela empresa Go Capital, após serem atraídas por propagandas enganosas, com prejuízos que chegam nos R$ 7 milhões, segundo as últimas investigações.
A Promotoria de Justiça informou, que a Go Capital se apresentava como suposta investidora de criptomoedas, enquanto operava um esquema suspeito.
A empresa movimentava grandes valores em dinheiro e criptomoedas, obtidos por propagandas, com a divulgação de informações falsas e a promessa de altíssimos rendimentos sobre o capital investido.
Go Capital também utilizou uma instalação de escritório luxuoso, visando transparecer credibilidade no mercado, para mascarar a constituição de uma pirâmide financeira por um plano de benefícios, através da indicação de novos “clientes”.
Também foi constatado pelas autoridades que a maioria dos envolvidos tiveram atuação em empresas similares no passado, indicando uma predisposição e experiencia nesta categoria de esquemas.
Os acusados ainda serão julgados para receber uma sentença da justiça, mostrando assim que os órgãos de investigação no Brasil, estão trabalhando nos crimes envolvendo criptomoedas, mesmo sem existir uma regulação específica sobre o tema.
Yeferson Perez
