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Rede de Bancos Comunitários no Brasil cria sua própria moeda digital que já circula nos comércios e impulsiona negócios na periferia

Publicado em 09/05/2021 às 19:07

A Rede Paulista dos Bancos Comunitários criou uma moeda digital para impulsionar negócios e desenvolver o empreendedorismo entre os associados e na comunidade


A coluna "Quebrada Tech" no portal Tilt revelou que a Rede Paulista dos Bancos Comunitários criou uma moeda digital para impulsionar negócios e desenvolver o empreendedorismo entre os associados e na comunidade.

"Banco comunitário é uma associação de pessoas que se juntam para criar alternativas ao sistema financeiro tradicional", diz Hamilton Mendes, 58, coordenador da Rede Paulista dos Bancos Comunitários.

Com este objetivo, Mendes revela que o banco comunitário contribui para a desburocratização no acesso ao empréstimo, oferecendo baixas taxas de juros.

"O sistema financeiro está baseado no lucro, então tudo que você faz em um banco sempre gera lucro ao banqueiro. O problema dos bancos é que eles concentram o maior poder político e econômico que o país tem", revelou.

Desta forma, visando fortalecer o empreendedorismo local e impulsionar os negócios nas comunidades, a Rede optou pela criação de uma moeda digital nos mesmos moldes das moedas sociais  que já são emitidas há anos no Brasil.

A principal moeda social criada no Brasil foi a Palma, que está vinculada ao Banco Palmas no Ceará. O Banco Palmas foi criado em 1998, e a moeda Palma em 2001. O banco foi criado após uma pesquisa constatar que 90% da população ativa do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, tinha renda familiar abaixo dos dois salários mínimos.

O objetivo era garantir microcréditos para produção e consumo local, sem comprovação da renda. Hoje boa parte da riqueza gerada na comunidade é ali mesmo reinvestida.

O Banco Central do Brasil permite a circulação de moedas sociais, emitidas por bancos comunitários, desde que com circulação apenas local e, que sejam lastreadas pelo Real.

Assim, para cada moeda social emitida, o emissor deve obrigatoriamente possuir R$ 1,00 em caixa.

Dinheiro digital dos Bancos comunitários
Nesta linha Mendes destacou na reportagem a importância da rede de bancos comunitários ter sua própria moeda digital

"O banco comunitário pode emitir uma moeda local, essa é uma das ferramentas que o banco comunitário utiliza. Fazer com que a atividade econômica do bairro gere dinheiro para o bairro, você só pode usar essa moeda social para o bairro, isso fortalece a economia local", disse.

Segundo ele o sistema de pagamento alternativo funciona pelo celular e é chamado de "e-dinheiro".

"isso ajuda muita gente, tanto no consumo —para você comprar uma comida, um gás de cozinha, alguma coisa que você precisa com urgência—, como também para você montar seu próprio negócio cooperativo ou negócio individual —para você montar uma lojinha na sua casa, um brechó, um serviço de costura ou uma loja de bolo, uma produção e venda de marmitex", diz o coordenador.
 
CASSIO GUSSON
 

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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