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Banco Inter destaca potencial das criptomoedas e da blockchain em construir a internet de valor com a Web 3.0

Publicado em 23/10/2021 às 18:39

O Banco Inter publicou uma nova versão de seu relatório chamado "Criptoworld" e nele destacou o potencial das criptomoedas e da tecnologia blockchain em construir uma nova internet de valor, que vem sendo chamada de Web 3.0

 

O Banco Inter, um dos principais bancos digitais do Brasil, publicou uma nova versão de seu relatório chamado "Criptoworld" e nele destacou o potencial das criptomoedas e da tecnologia blockchain em construir uma nova internet de valor, que vem sendo chamada de Web 3.0.

Este é o segundo relatório do banco focado exclusivamente em criptomoedas. No primeiro a instituição falou sobre as diferentes possíveis gerações de criptomoedas, afirmando que criptoativos como Cardano (ADA) seriam criptomoedas de terceira geração e, portanto, mas tecnologicamente complexas que Bitcoin e Ethereum (ETH).

Contudo, no novo documento, o banco aborda como as criptomoedas podem ajudar na construção de uma nova era na internet e, para isso afirma que a rede mundial de computadores evoluiu muito desde a sua criação.

Assim que foi desenvolvida os conteúdos da internet eram praticamente estáticos e praticamente não havia interações dos usuários, não existia opção de “logar” nos sites. Essa “versão” da internet é cunhada Web 1.0, ou “read only web” – web somente para leitura.

 

"Com o desenvolvimento de novas tecnologias, linguagens de programação como o Java Script e novos protocolos, criar aplicações na internet que poderiam interagir de forma fluida com os usuários tornou- se uma realidade acessível. As inovações que surgiram com a Web 2.0 permitiram que os usuários possuíssem uma conta (um email por exemplo), que nada mais é do que uma forma de se identificar perante os outros usuários e a possibilidade de ter uma experiência personalizada ao navegar na internet.", destaca o banco.

Desta forma surgiu a web 2.0 que, por sua vez, deu origem ao que conhecemos hoje de “Big Techs”, empresas imensas como Facebook, Google, Amazon, Twitter e muitas outras.

Web 3.0

No entanto, o banco afirma que tanto a Web 1.0 como a 2.0 construíram suas aplicações em modelos centralizados e, portanto, sujeitos a falhas como ocorreu com o Facebook recentemente.

Contudo, o Inter aponta que muitas aplicações na internet, até mesmo redes sociais, surgiram de forma descentralizada, entretanto não conseguiram crescer da mesma forma que seus concorrentes com governança centralizada, e isso ocorreu principalmente devido à falta de uma estrutura de incentivos financeiros e/ou sociais que estimula desenvolvedores a buscar melhorias na sua plataforma.

 

Porém com as criptomoedas e a tecnologia blockchain, a criação de plataformas totalmente descentralizadas com real potencial de consolidação tornou- se realidade.

"Essa tecnologia permitiu criar uma estrutura de incentivo que replica o que ocorre com outras aplicações centralizadas em que os desenvolvedores são remunerados de forma proporcional a quantidade de usuários. Tal processo é feito por meio da distribuição de tokens fungíveis ou não fungíveis (conhecidos como NFTs)", aponta o banco.

Dessa forma, segundo o Inter, os tokens alinham os interesses entre usuários e desenvolvedores que trabalham juntos em direção a um objetivo único: o crescimento da rede.

"Isso ocorre porque esse crescimento culmina na apreciação do token", aponta.

O banco aponta ainda que para garantir a governança em protocolos descentralizados surgiram as DAOs (organizações descentralizadas) e técnicas de consenso utilizadas por essas organizações como votação quadrática para promover mais transparência e descentralização nas tomadas de decisões.

"Tais ideias não são utópicas, já existem projetos derivados desse modelo de organização, como Maker Dao e Uniswap. Atualmente esses projetos valem bilhões de dólares e são utilizados em aplicações reais como DeFi e Venture Capital", disse.

Internet de valor

A web 3.0 promete ser a internet de valor, na qual os dados não estarão mais em data centers centralizados sem comunicação com outros protocolos e aplicações, mas compartilhados entre os participantes da rede por meio de uma teia de permissões criptografadas.

 

"A ambição dos projetos que estão sendo criados no contexto da Web 3.0 gira em torno de criar uma aplicação construída em cima de uma blockchain. Nessa linha, os próprios usuários podem exigir controle absoluto de seus dados, e, assim, ter a garantia de que sua privacidade está sendo respeitada", afirma.

Ainda segundo o banco, como a descentralização em conjunto com a estrutura de incentivos de uma blockchain anula a necessidade de intermediários, os anunciantes podem se conectar diretamente com os usuários.

Nesta linha o Inter cita como exemplo o Brave, cujo token BAT já subiu mais de 300% desde o seu lançamento e remunera os usuários pela interação no navegador e por ver propagandas no browser.

"Esses tokens são a base do sistema Brave Reward. A filosofia da empresa é que a atenção que usuários dão para anúncios representa tempo, e tempo é dinheiro. Quando empresas optam em pagar para divulgar seus produtos no Brave, 70% da receita é direcionada aos usuários. Além disso, esse sistema permite que usuários façam doações para seus produtores de conteúdos preferidos sem a necessidade de confiar um intermediário", disse.

O banco destaca que isso é possível pois todas as transações são derivadas de smart contracts (contratos inteligentes) dentro da blockchain do Ethereum, assim, todas informações se tornam transparentes, qualquer um que tiver interesse pode verificar se os recursos realmente estão indo para onde deveriam.

"Talvez seja utópico a total independência de uma organização devido aos problemas de governança e à necessidade de garantias que só aparatos jurídicos podem providenciar. Mas, no contexto da internet, desenvolvedores e entusiastas da Web 3.0 acreditam que há muitas aplicações que poderiam se beneficiar com a descentralização providenciada pela tecnologia blockchain", finaliza o banco.

Confira o relatório completo

 

 

CASSIO GUSSON

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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